O Ômega-3 é definido como um lipídio da família das gorduras poliinsaturadas (as mais saudáveis). O nosso organismo não consegue formar este tipo de ácido graxo, por isso é necessária a ingestão por meio dos alimentos.
Os tipos de Ômega-3 são: EPA, DHA e ALA. Os tipos EPA e DHA estão prontos para o corpo usar. Já o tipo ALA, deve passar por uma transformação para se converter em EPA e DHA e, então, agir.
O principal ômega-3 no cérebro é o DHA, encontrado nas membranas que envolvem os neurônios, especialmente nas junções microscópicas onde as células se conectam umas às outras, as chamadas sinapses.
As teorias de que o ômega-3 pode influenciar o risco de demência e declínio cognitivo, incluem seus benefícios para o coração e os vasos sanguíneos, seus efeitos anti-inflamatórios e o suporte e proteção das membranas das células nervosas.
Muitas observações mostraram uma associação entre maior consumo de ômega-3 e risco reduzido de demência, declínio cognitivo e/ou acúmulo de anormalidades da substância branca na ressonância magnética cerebral.
No entanto, os ensaios randomizados até o momento não mostraram benefício para a função cognitiva e carecem de poder e duração para testar se o consumo reduz a de fato a demência e melhora a memória. Uma meta-análise de três estudos que estudaram o impacto da suplementação de ômega-3 no desempenho cognitivo não encontrou nenhum efeito do tratamento após 6 a 40 meses de suplementação. Posteriormente a esta revisão, outros estudos também não encontraram nenhum benefício, incluindo um estudo em 4.203 idosos com risco de degeneração macular que não encontrou efeito da suplementação de óleo de peixe nos escores de avaliação cognitiva.
Dessa forma, a ciência ainda precisa de mais estudos para recomendar o Ômega-3 para prevenção de demências, como a doença de Alzheimer.